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Defesa de Tese de TIAGO ALVES SCHIEBER DE JESUS

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Quantification of graph dissimilarities

 

Identificar e quantificar diferenças entre os grafos representam um dos problemas fundamentais e difíceis de importância prática em vários campos da ciência. Eles têm muitas aplicações práticas devido à utilização generalizada de redes em ciências sociais, medicina, biologia, física, etc. Os métodos atuais de comparação de rede são limitados em extrair apenas informações parciais ou são computacionalmente muito exigentes. Esta tese de doutorado objetiva propor medidas de dissimilaridade computacionalmente eficientes baseados em extração de características capazes de distinguir e quantificar diferenças entre grafos pelo uso de quantificadores da teoria da informação.

Com o objectivo de dinamicamente capturar mudanças topológicas na evolução de uma rede, propomos um modelo capaz de quantificar e reproduzir várias características de uma determinada estrutura, utilizando a raiz quadrada da divergência Jensen-Shannon, em combinação com o grau médio e do coeficiente de agrupamento. Propomos também uma definição dinâmica da robustez de uma rede, que considera medidas sobre mudanças estruturais causadas por falhas em seus componentes. A robustez é então avaliada medindo diferenças entre topologias depois de cada passo de tempo, fornecendo uma informação dinâmica sobre os danos topológicos. Além disso, propomos e testamos uma medida exata para a comparação de rede, que é baseada na quantificação de diferenças entre as distribuições de probabilidade associada à distância de cada vértice da rede. Esta medida pode identificar e quantificar diferenças topológicos estruturais, tais como a presença ou ausência de links críticos que desligam componentes do grafo. Finalmente, apresentamos uma medida de dissimilaridade em redes multiplex. A medida pode ser representada numa configuração espacial, que mostra os padrões de vértices e outras características das camadas. Redes multivariadas, tais como redes climáticas, podem se beneficiar dessa informação espacial. Em redes temporais, características dinâmicas do sistema podem surgir à partir dos variações nos padrões presentes em variáveis dinâmicas.

 

04/11/2016

14:00

Defesa de dissertação de FELIPE FONSECA WEKED

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INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS DE PROCESSO NA VALIDAÇÃO DA GUARNIÇÃO DE PORTA DE UM VEÍCULO AUTOMOTIVO

 

O presente trabalho visa estudar o comportamento de uma guarnição vão de porta de um veículo automotivo considerando as variações de seu processo produtivo. Um dos pontos que promovem a satisfação do cliente em relação ao produto é que este não apresente falhas ou baixo desempenho. Neste âmbito, os testes sobre o produto, ainda em fase de desenvolvimento, devem antecipar todas as possibilidades de falha. Cada componente apresenta variações devido ao seu processo de fabricação que tornam a validação um grande desafio.  Amostras de um mesmo componente podem apresentar comportamentos distintos em função das variações dos processos produtivos que lhes são inerentes. A característica que mais influencia o comportamento de uma guarnição vão de porta é a força de compressão. Quanto menor é a força, mais fácil e confortável é o fechamento da porta. Entretanto, pior é a retenção da porta o que pode causar infiltrações ou ruídos indesejáveis. O estudo desta variação de comportamento e o desenvolvimento de uma metodologia robusta de validação são os focos deste estudo. Foram realizados testes de compressão e de fadiga, bem como avaliações subjetivas da qualidade de fechamento de portas. Além destes testes, foram realizados controles das variações dos processos de fabricação da guarnição. Os resultados mostraram que a força de compressão pode variar até 71% levando-se em conta apenas os limites estabelecidos no projeto da guarnição. Em avaliação subjetiva, a qualidade de fechamento da porta foi identificada como no limite do aceitável quando o veículo estava montado com guarnições em seu limite superior de força de compressão. Já quando o veículo estava montado com guarnições em seu limite inferior de força de compressão a sensação de qualidade aumentou significativamente. Por outro lado, as guarnições em seu limite inferior de força compressão obtiveram pior nota em avaliação de ruído. Em medições de ruído e vibração, a avaliação subjetiva foi de maneira geral confirmada. Em relação ao comportamento da guarnição em fadiga, verificou-se que há uma diminuição da força de compressão comparando o comportamento a novo e após teste que simula a abertura e fechamento da porta por 70.000 ciclos. Na condição de limite superior houve uma diminuição máxima de força de compressão de 16,9%. Já na condição de limite inferior houve uma diminuição máxima de força de compressão de 21,6%. Em testes de rodagem e de fechamento de porta, além da maior diminuição da força de compressão verificou-se maior desgaste da guarnição no limite inferior.

 

26/09/2016

13:30

Laboratório de Usinagem e Automação

Defesa de Dissertação de RODRIGO CARDOSO DE MENEZES

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AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA PRESSÃO DE CONTATO, DA VELOCIDADE DE ESCORREGAMENTO E DA TEMPERATURA NO DESEMPENHO DE MECANISMO DE FREIO VEICULAR

 

O desempenho do sistema de freios de um veículo é um dos fatores de segurança mais essenciais. O processo de evolução tecnológica do setor veicular proporcionou o surgimento de veículos capazes de atingir altas velocidades e de transportar elevadas cargas, aumentando assim o padrão de exigência dos sistemas de frenagem. Neste estudo, foram executados ensaios experimentais aplicando duas metodologias diferentes, a metodologia de Krauss e a metodologia de Makrahu. O objetivo foi de avaliar o desempenho de um sistema de freio veicular, analisando o coeficiente e o desgaste, parâmetros diretamente relacionados ao material de fricção, em função da pressão de contato, da velocidade de escorregamento e da temperatura. Foram monitoradas a força de frenagem e a temperatura. Outro objetivo foi realizar melhorias no banco de ensaio de freio que facilitassem a operacionalidade do equipamento durante a execução dos ensaios. Os resultados experimentais mostraram que o coeficiente de atrito diminui com o aumento da velocidade de escorregamento ou da pressão de contato. Com relação à temperatura, foi possível oberservar o coeficiente de atrito aumentando com o crescimento da temperatura até um valor máximo, que ocorreu na temperatura de início do fade, a partir da qual o coeficiente de atrito decresce. Também foi observado a influência da pressão de contado sobre a temperatura de início do efeito fade. Com relação ao desgaste das pastilhas, foi observado um aumento exponencial provocado pelo aumento na velocidade de escorregamento e/ou na pressão de contato.

 

30/08/2016

09:30

SALA DE ESTUDOS DO LABORATÓRIO DE USINAGEM

Defesa de Dissertação de MARCELLE LA GUARDIA LARA DE CASTRO

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Quando as luzes não se apagam... A gestão coletiva dos riscos na manutenção em rede energizada

 

Com a redução do quadro próprio, uma alternativa surge em uma concessionária de energia para adequar as equipes que realizam a manutenção em rede energizada da média tensão de distribuição elétrica, as chamadas equipes de Linha Viva (LV): introduzir uma nova organização do trabalho com as “duplas”. Hoje, a manutenção é realizada por equipes com no mínimo três integrantes, mas um estudo realizado pela engenharia, setor de treinamento e eletricistas da empresa concluiu pela viabilidade de realização de serviços com dois integrantes. Uma controvérsia que divide o nível operacional e gerencial (e também os próprios eletricistas) permanece viva na empresa. De um lado, atores afirmam que é tecnicamente possível sua realização; e, do outro, eletricistas afirmam que as duplas irão afetar a saúde e a segurança dos profissionais. A pesquisa em tela tem como objetivo investigar os elementos em jogo nas (im)possibilidades das duplas de LV, partindo-se dos argumentos dos eletricistas que trabalham na LV e dos argumentos dos gestores e técnicos a respeito dessa nova forma de organização, colocando-se a atividade dos eletricistas no centro da análise. Uma pesquisa-ação foi proposta no intuito de encontrar os primeiros passos para uma investigação pautada nas condições reais de trabalho, que faça emergir elementos que ajudem a intervir no impasse. A Pesquisa-ação, a Grounded Theory (GT) e a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) estão entremeadas como sustentação metodológica e teórica. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, observações gerais e sistemáticas, autoconfrontações e grupos de validação, em que participaram técnicos e eletricistas de duas bases da empresa. A análise da atividade permitiu qualificar melhor os pressupostos da controvérsia e, dessa forma, encaminhar o debate para uma resposta intermediária: as duplas são tecnicamente possíveis, mas sob determinadas condições. Identificamos uma primeira pista para debate com o papel central do coletivo na gestão dos riscos e da complexidade no trabalho com a rede energizada. A cooperação e a confiança frente à complexidade situada das tarefas tiveram lugar central em nossa análise. É preciso assegurar que as regulações realizadas pelos eletricistas em campo, para amortecer a distância entre o prescrito e o real, ainda permanecerão presentes nesta nova organização. Com o mergulho nas situações micro, pudemos observar três principais condições: assegurar a capacidade física e mental dos eletricistas (tanto do executante quanto da supervisão no solo); promover as condições necessárias para a estruturação, manutenção e desenvolvimento do coletivo, compatíveis com as exigências cognitivas e afetivas do conteúdo das tarefas; definir a complexidade de modo que se consiga alcançar os elementos dinâmicos da situação em interação com a equipe (e não apenas da tarefa ou do executante isolado).

 

29/08/2016

14:00

sala 3502, Escola de Engenharia